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Lombalgia

Lombalgia crônica (dor lombar crônica) afeta mais de 50% da população em geral, sendo definida como a dor nas costas durando mais de 3 meses  e aguda com duração até 3 meses, sendo mais comum até duas semanas.

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Dor lombar ou lombalgia  é causada por diferentes fatores e mecanismos, as crônicas com 84%, e as agudas de 5% a 10%.

A Lombalgia afeta de 50 a 80% de todos os adultos em algum momento de suas vidas. Isto leva a prejuízos sociais e as consequências econômicas nas sociedades ocidentais, sendo uma das principais causas de incapacidade em países industrializados ocidentais.

Falta de exercício pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de Lombalgia nestas populações, onde a prevalência é mais elevada. Além de também ser um problema para os que treinam e competem nos níveis mais elevados do esporte, neste caso por uso excessivo.

A maioria dos novos episódios de Lombalgia é clinicamente atribuída a uma origem mecânica, ou seja, devido a sobrecargas de curto período anormal ou tensões prolongadas que possam danificar a articulação ou componentes musculares das regiões lombar e pélvica. Por exemplo, ficar muitas horas sentado numa postura inadequada pode ser tão ruim a longo prazo quanto uma sobrecarga traumática.

A estabilização da coluna vertebral foi primeiramente descrita por Panjabi, constituído por três subsistemas: sistema passivo (osteoligamentar), sistema ativo (musculotendineo) e sistema de controle neural. Que estrategicamente trazem suporte à coluna em respostas conjuntas destes sistemas quando necessário.

Modelos biomecânicos da Coluna Vertebral sugerem que todos os músculos com anexos intervertebrais são mais adequados para prestação de suporte de estabilidade. A ativação inadequada destes músculos centrais e estabilizadores locais pode levar a instabilidade da coluna lombar, e alguns estudos clínicos demonstraram que o recrutamento destes músculos leva a uma diminuição da dor lombar a curto e longo prazo. Ou seja, esta estabelecido que a fragilidade e a falta de controle motor dos músculos profundos do tronco, como o multífidos lombares (LM) e músculos transverso abdominal, são comuns na presença de lombalgia.

Características frequentes relatadas na presença de dor lombar denotam um estado físico e psicológico induzido de inatividade, caracteriza-se por uma perda de mobilidade da coluna vertebral, a redução da força muscular e aptidão cardiovascular, ansiedade e depressão frequentes, isolamento social e falta ao trabalho.

A importância de métodos fisioterapêuticos que reabilitam e que  condicionam esta musculatura ao mesmo tempo  tem sido reconhecida como uma estratégia privilegiada em diretrizes internacionais para a gestão dos cuidados primários de dor aguda e principalmente crônica da coluna lombar.

O objetivo de trazer estabilidade para a região lombo pélvica através da eficiência muscular deste grupo muscular específico tem sido a melhor forma de evitar ou prolongar recidivas, ou seja, novas crises de dores. Aderência ao tratamento, técnica de exercício especifico, orientado e individualizado também foram observadas nos estudos como fator relevante para a melhora da dor lombar, assim como efeitos fisiológicos originados de qualquer tipo de exercício.

Camile Magalhães.
CREFITO 3/69656-F
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